David Gilmour revelou que nunca aprendeu de fato o segundo solo de guitarra de Comfortably Numb, do Pink Floyd, preferindo improvisar cada vez que toca a música ao vivo. Ele disse ao entrevistador Rick Beato que ama o modo como a música começa (esse trecho, sim, ele domina), mas que o resto é “tão incorporado” que diferentes partes aparecem naturalmente, variando de show a show.
Gilmour admitiu que isso pode frustrar aqueles que querem ouvir exatamente o solo como na versão de estúdio, mas ele acredita que o valor das performances está em serem momentos únicos, vivos, e não cópias exatas. Ele enfatiza que, apesar de deixar o solo “fugir da rigidez”, existam sinais estruturais que se repetem para guiar a banda ao encerramento ou para transições.
O guitarrista também refletiu sobre como sua abordagem espontânea reflete a essência do Pink Floyd: a busca constante por emoção e atmosfera acima da técnica pura. Segundo Gilmour, repetir fielmente o solo original seria “matar a alma da música”, já que cada performance deve capturar o sentimento do momento.
O ex-Pink Floyd também defendeu que embora Comfortably Numb tenha se tornado um dos solos mais icônicos do rock, seu valor verdadeiro está na liberdade criativa que ele oferece, a possibilidade de improviso, sendo a verdadeira magia de tocar ao vivo.
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